A compra de um imóvel é uma decisão de longo prazo. O financiamento imobiliário vai te acompanhar por décadas, enquanto sua vida passa e evolui. Ao final, provavelmente tudo será diferente de hoje: sua carreira, sua família, seus filhos (se tiver)… Por isso, é importante se informar adequadamente para tomar a decisão que melhor se encaixe não só na sua situação atual, mas nas expectativas para o seu futuro.
O financiamento da casa própria é aprovado tendo como base sua renda atual, mas sabemos que a vida é cheia de idas e vindas. É pouco provável que daqui a vinte ou trinta anos, quando as prestações acabarem, suas condições econômicas sejam exatamente as mesmas de hoje. Por isso, preste atenção nos detalhes abaixo e entenda como funciona todo esse processo:
Comprometimento da renda
A prestação do financiamento deve comprometer no máximo 20% da renda declarada. Ou seja, um profissional com salário mensal de R$ 1.000,00 pode pagar no máximo R$ 200,00 por mês.
Alguns bancos aprovam o crédito com comprometimento até 30%, mas é sempre bom evitar uma parcela tão grande da renda.
Valor de entrada
Atualmente, nenhuma linha de crédito financia 100% da casa própria. Por isso, é necessário pagar de 10% a 30% do valor do imóvel já na entrada.
Para imóveis vendidos na planta, essa entrada pode ser parcelada diretamente com a incorporadora.
Tabela de amortização
O mercado trabalha com dois modelos: a Tabela SAC (Sistema de Amortização Constante), e a Tabela PRICE, ou amortização crescente. Na tabela SAC, a prestação cai mês a mês. Já na PRICE, ela sobe ao longo do tempo.
A vantagem da SAC é que o comprometimento da renda cai ao longo dos anos. Já a PRICE pode ser uma escolha interessante para quem está em começo de carreira, com perspectivas de crescimento da renda.
Taxa de juros
Por ser um financiamento de longo prazo, a taxa de juros é mais baixa que as tradicionais do mercado. Contudo, elas variam de acordo com a linha de crédito.
O programa da Caixa baseado no FGTS cobra a taxa mais baixa do mercado, de 5% ao ano. Outros programas de bancos públicos e privados cobram taxas maiores. Contudo, se estiverem dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), essas taxas não podem ser superiores a 12% ao ano.
Correção monetária
São raras as linhas de crédito que operam sem correção monetária. A maioria usa ou a Taxa Referencial de Juros (TR), ou o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC). A TR está vinculada a taxa Selic, e o INCC à inflação.
Garantia
Geralmente, a garantia do financiamento é o próprio imóvel, mas existem dois regimes diferentes: a alienação fiduciária e a hipoteca.
Na alienação, o imóvel pertente ao banco, que pode retomá-lo em caso de inadimplência. Já na hipoteca o imóvel pertence ao devedor, que o penhora ao banco. Como nesse último caso a garantia de tomada do bem é menor, os juros costumam ser maiores.
O SFH e o Minha Casa Minha Vida operam exclusivamente com alienação fiduciária.
Documentos necessários
Para fechar um contrato de financiamento, a pessoa precisa dispor de:
- documentos pessoais: RG, CPF e outros;
- comprovantes de renda: Declaração de Imposto de Renda, holerite ou Declaração Comprovatória de Recebimento de Rendimentos (Decore) feita por contador.
O valor do financiamento é definido após avaliação do imóvel por um engenheiro independente. É ele quem estipula o valor do imóvel e, consequentemente, o valor máximo de financiamento. Isso evita que o imóvel seja vendido a um valor superior ao de mercado.
Se você está em busca de realizar o financiamento da casa própria, é muito importante se informar sobre as novidades do mercado imobiliário, como mudanças nas regras da Caixa, novas linhas de crédito ou normativas do Banco Central que tratam do assunto.
O mercado muda constantemente e é importantíssimo estar atualizado na hora de fechar negócio. Siga nossos perfis nas redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram) e fique por dentro!
- Artigo Anterior 5 motivos para morar em Biguaçu
- Próximo Artigo 5 razões para morar no Norte da Ilha de Florianópolis